Depois de um banho retemperador saímos para jantar. O Rashid indicou-nes uma loja onde poderíamos comprar umas cervejas para acompanhar o jantar.
A noite que se previa tranquila culminou numa maratona negocial.
O Rashid insistiu para que visitássemos a sua loja e lá nos conseguiu convencer-nos.
Para grande alegria do Kazim, primo do Rashid, a Anatilde caiu de amores por um tapete "Hambel" que ele havia mostrado.
Claro está que o restante grupo aproveitou logo para se divertir à custa da infelicidade do Fonseca que, como lhe competia, seria quem iria suportar o custo mesmo.
Entre cambalhotas e chalaças o Kazim lá ia expondo o stock de tapetes que tinha em armazém tentando convencer mais alguém a comprar.
O Fonseca muita a custo lá ia tentando resistir mas os "amigos da onça" iam-no incentivando com a frase "Incha lá Fonseca".
Eram três e pouco da madrugada quando as negociações se deram por concluídas.
O tapete que inicialmente custava 1400€ acabou por vir por pequena fracção desse valor.
Engraçada foi a forma como o Kazim e o Rashid conseguiram enrolar e embrulhar o tapete que media mais de 6m2 de forma a que o Fonseca o pudesse levar na moto.
Às 8:30h acordamos bem dispostos e prontos para o pequeno almoço que nos daria força para mais um dia de viagem.
O percurso nesse dia seria curto já que a distãncia até Maadid seria relativamente curta e sem dificuldades.
O Paulo que colecciona fósseis e minerais tinha em mente vir a Marrocos abastecer-se e por isso falou com Rashid e combinaram ir visitar algumas das casas que se deicam à recolha dos mesmos.
O Kazim apareceu por volta das 10h no hotel e foi com o Paulo em busca dos fósseis. Nós ficamos por Midelt à espera deles já que alegadamente não se iriam demorar muito tempo.
O que eles não contavam é que o Paulo fosse um entendido e assim quando o Paulo chegou à primeira casa deu uma vista de olhos e disse logo que não queria nada daquilo.
O Kazim tratou logo de o levar mais para o interior, para junto das minas, para que ele visitasse mais algumas casas da especialidade.
Nisto foi-se passando o tempo e nós estávamos quase a ligar para o Ministério dos Negócios Estrangeiros a comunicar o seu desaparecimento, quando ele chegou esbaforido e com a top case a pesar mais uns quilos.
A passagem por Er-Rachidia revelou-se pouco estimulante já que a cidade não apresenta interesse de maior.
Seguimos para Maadid onde nos esperava o Gonçalo Mata e uma atraente piscina onde mergulharíamos com prazer.
A Moto do Gonçalo estava estacionada à porta do hotel ladeada pelas do Phil e do Derek. Mais ao lado encontrava-se R80GS do Steven, um Australiano que viajara de Inglaterra para o Meeting.
Estar no Xaluca no meio do deserto dentro da piscina parecia-nos o mesmo que ter encontrado o Paraíso na Terra.
Depois de todos aqueles hóteis de qualidade duvidosa estar agora num hotel que nos presenteava com todos os luxos e mordomias a que tínhamos direito, parecia mentira.
À hora de jantar tivemos oportunidade de conhecer os outros participantes no Meeting.
No total estavam à volta de vinte participantes, o que fazia prever um encontro animado.
Após o jantar continuamos a cavaqueira numa das tendas montadas no páteo interior onde está a localizada a piscina.
Com a companhia do Gonçalo as conversas prolongam-se pela noite dentro. A conversa inciada ao jantar e continuada na tenda foi a certa altura interrompida pela chegada imprevista de um casal de Marroquinos recém-casados que se dirigiram à tenda onde nos encontravamos para fazer a foto da praxe.
Atrás deles vinha um séquito de convidados acompanhado por músicos tradicionais. Feitas as fotos o casal abandonou o local tão depressa como tinha chegado. Parece que é costume os noivos da região irem ao Xaluca fazer as suas fotos de casamento.
A conversa que tínhamos iniciado ao jantar só terminou já a noite ia longa ao som de duas moto-serras que sem sabermos como aterraram nas camas contiguas às nossas.
É isto que dá em partilhar o quarto. No Xaluca ficamos num quádruplo.
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