sábado, 10 de maio de 2008

Passeio a Marrocos (3º Parte)




Chegamos a Fes já a noite tinha caído.

Este vosso escriba (que era o Guia do Grupo) meteu a primeira argolada.
Apesar de ter estado em Fez pela última vez em Agosto último, de ter andado a passear pela zona a pé, o que é certo é que desta vez não atinei com o caminho para o hotel (Grand Hotel de Fes).

Para disfarçar decidi dar umas voltas pelos quarteirões próximos do hotel para tentar descobrir o caminho.
Para meu grande azar os meus compinchas de viagem toparam o esquema e lá me deram nas orelhas.
Ainda tentei aliciá-los levando-os para o IBIS mas para meu azar estava repleto.
Lá tive que dar a mão à palmatória e ir pedir indicações a um dos habitantes locais...
Vocês sabem bem que Gajo que é Gajo nunca admite que está perdido. Está sempre à procura de percursos alternativos!

Bagagens arrumadas e banho tomado saímos para jantar. Fomos parar a um restaurante, para esquecer, daqueles que só existem para depenar turistas tótós (como nós) e que se encontrava completamente cheio... de mesas vazias.
Fomos os únicos clientes a serem servidos.

Em jeito de compensação tivemos música ao vivo, parecia um concerto em exclusivo (só estavamos nós, o músico e três empregados).
Pagamos 460Dh (ca. 42€) pelo jantar dos cinco e partimos sem saudades, de volta ao hotel.

Na manhã seguinte depois de tomarmos o pequeno almoço estivemos na cavaqueira com um Australiano que estava alojado no hotel com a esposa e que também era motociclista. Contou-nos que estava em férias da sua actividade de Consultor de Segurança no Iraque.
Assim estivemos até à chegada do guia que nos levaria a visitar a Medina.

Passamos a manhã a visitar a Medina e por volta das 14Horas fomos almoçar a um restaurante bem no centro da Medina, muito fequentado pelos turistas e Marroquinos mais endinheirados.

Trata-se de uma antiga Ryad depois convertida em restaurante.

Para nossa surpresa voltamos a encontrar o Phil e o Derek, a quem logo acusamos de perseguição. Comemos as invariáveis saladas marroquinas, as magníficas azeitonas, o pão, as tagines, couscous e para variar, eu dessa vez comi pastilla.

Deixem-me referir desde já, para que depois não venham com "bocas", que fiz um enorme esforço para me conter. Nesta viagem só engordei dois quilos.
Até essa altura ainda não tínhamos tido necessidade de nos socorrer do Imodium, mas a coisa prometia...

De regresso ao hotel, equipamo-nos e partimos rumo a Ifrane, onde passaríamos a noite.
Lá chegados fomos directos ao La Paix para comer um dos famosos crépes com mel, depois fomos regatear o hotel.

Ficamos alojados num apartahotel onde conseguimos baixar o preço de uma suite que custava 1400Dh para uns mais aceitáveis 800Dh sem direito a pequeno almoço mas com cabine de duche com hidro-massagem.

Por esta altura já começavam a ser engolidos os primeiros Imodium e as idas à casa de banho eram feitas por licitação de braço no ar.

Ponderados os prós e contras decidimo-nos por fazer compras no supermercado local e preparar um jantar mais ligeiro à base de fruta, pão e iogurtes...

O Imodium resulta mesmo!

Na manhã seguinte já todos nos tinhamos esquecido dos atropelos da noite anterior e bora lá a morfar sumos de laranja, croissants com manteiga e mel, tudo rematado com um café solo/expresso, que por Marrocos é monopólio da Lavazza.

Retiramos as motos do hotel e partimos para a Floresta dos Cedros rumo a Midelt.
No caminho fomo-nos cruzando com outros motociclistas Belgas, Italianos, Franceses, Alemães, Austríacos...

Uma coisa que sempre me intrigou foi o motivo porque a grande maioria dos motociclistas Portugueses é capaz de gastar num fim-de-semana numa concentração ou numa ida a Jerez umas largas centenas de euros e não prefere investi-los num viagem até Marrocos...

Invariávelmente as motos com que nos cruzavamos eram na sua esmagadora maioria BMW GS, KTM, Africa Twin e algumas Varadero.De estrada vimos algumas RT, Deauville e até uma Monster.

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