quinta-feira, 12 de junho de 2008

Passeio a Marrocos (12ª Parte)






Depois de termos comido o gelado voltamos a deambular um pouco pela praça e regressamos ao hotel para um sono reparador.


Na manhã seguinte fomos dar uma volta pela medina e eu como é costume de cada vez que vou a Marraquexe fui tomar um chá ao Café Koutobia que fica situado em frente ao minarete Koutoubia.


Gosto de lá passar umas horas num "dolce far niente" observando o trânsito e as pessoas que passam.

Acho sempre interessante ver a disparidade de veículos, de indumentárias envergadas pelos transeuntes e imaginar qual será a vida por trás de cada rosto que observo.


Entretanto alguns aproveitaram para fazer as últimas compras e, quando eram umas 16h partimos rumo a Kenifra.


Já tinhamos ouvido dizer que o Rei iria fazer uma visita a várias cidades do Sul e pelo caminho isso foi evidente pela quantidade de bandeiras que engalanavam os diversos edifícios e povoações.


Chegamos a Kenifra por volta das sete da tarde e paramos para jantar.


Estavamos nós no restaurante à espera de ser servidos quando se aproximam de nós dois agentes da Sureté Nationale e me perguntam o que estavamos ali a fazer e para onde nos dirigíamos.


Perplexo pela pergunta balbuciei que nos dirigíamos para Meknes mas que estávamos a pensar pernoitar por ali.

O agente mais graduado (não percebo nada de divisas militares) disse-me que não havia alojamento disponível em Kenifra uma vez que tinha tudo sisdo reservado por causa da visita do Rei.

Como tal se me afigurava difícil de ser realidade respondi-lhe que tinhamos telefonado para vários hóteis e que todos eles me haviam informado da disponibilidade de quartos.


O referido agente voltou a insistir que não havia alojamento e que o melhor seria jantarmos e seguir caminho rumo a Mehrit, que distava cerca de 30kms, e tentar aí arranjar alojamento.

Voltei a insistir que pretendíamos permanecer em Kenifra ao que le respondeu que era sua responsabilidade a segurança e por esse motivo teria de nos enquadrar nessas normas de segurança.


Não percebi o que ele pretendia e pura e simplesmente sentei-me para começar a jantar.

O agente muito contrariado disse-me que acabássemos a refeição pois daí a algum tempo passaria novamente par ver se tínhamos partido.

Virou costas e saiu restaurante fora.


O empregado do restaurante veio-nos pedir desculpa pela indelicadeza do agente e disse-nos para jantarmos à vontade que depois nos acompanharia na procura de um hotel.


Assim fizemos e quando terminei a refeição fui com ele verificar a disponibilidade de dois hóteis nas imediações.

O primeiro estava efectivamente cheio mas o segundo tinha três quartos vagos.

Discutimos o preço e eu regressei ao restaurante para chamar os meus amigos que entretanto ficaram à espera.


Estacionamos as motos mesmo em frente da Jaima (tenda) previamente instalada para a visita do Rei. A nível de segurança não poderíamos ter escolhido local melhor.

Na manhã seguinte após o pequeno almoço arrancamos rumo a Mehrirt onde paramos para almoçar e aguardar a passagem da Comitiva Real.


Almoçamos num restaurante de berma da estrada onde comemos um mechui (cabrito assado na brasa) que estava uma delícia.

Fartamos-nos de esperar pela Comitiva Real, que supostamente deveria ali chegar ao meio-dia mas eram 14:30h e nem sinal dela.


Fartos de esperar arrancamos em direcção a Meknes.

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