quinta-feira, 29 de maio de 2008

Passeio a Marrocos (11ª Parte)









Eram cerca de 10:30h quando partimos rumo a Marraquexe.
À medida que a viagem se aproxima do seu fim começa a assolar-nos um sentimento que é um misto de nostalgia que tem a ver com o tomar consciência de que em breve teremos de regressar e uma certa ansiedade por regressar a casa. Uma vez que temos de regressar inevitavelmente, quanto mais cedo melhor. Assim acaba-se o sofrimento!

A pouca distância que nos separava de Marraquexe fez-se sem estórias a assinalar não fora a constatação de um facto que é do conhecimento comum mas raramente experimentado.
A média de velocidade a que nos auto-impusemos nesta viagem (100Kh) permitiu-nos obter uma poupança de combustível significativa.
Quando paramos para abastecer numa bomba de combustível, verifiquei com surpresa que com um depósito de 22 litros tinha conseguido percorrer 457Km. E ainda me restariam no depósito aproximadamente uns dois litros de gasolina.

A travessia do Alto Atlas foi uma autêntica delícia de condução. As curvas encadeadas ladeadas por ravinas profundíssimas, o alcatrão de boa qualidade que permitia aproveitar o piso dos pneus até ao limite deu-nos um prazer que só não foi aproveitado ao limite pelo Fonseca.A sua Quota, carregadíssima, a cada curva mais inclinada ia deixando um pouco do descanso central espalhado pela estrada marroquina.O andamento foi tão entusiasmente que até nos esquecemos de parar para a fotografia da praxe no Col do Titchka.
Alguns quilómetros antes de Marraquexe o Fonseca fez-nos sinal de que necessitava de abastecer. Como não havia energia na cidade onde paramos para almoçar fomos continuando viagem. Ainda paramos em duas bombas, mas nada...
Faltavam cerca de 25Kms para Marraquexe quando a Quota se recusou a continuar. Por sorte paramos num local onde havia uma sombra acolhedora.
Enquanto o Paulo e o Carlos seguiram à procura de uma bomba eu fiquei á espera com o Fonseca e a Anatilde.Passados uns 45 minutos lá regressaram eles com uma garrafa de água de 1,5litros para matar a sede à Quota.

Chegamos a Marraquexe por volta das 6horas da tarde e fomos procurar alojamento junto à Praça Jemaa El Fna.
O hotel Ali onde nos alojamos foi claramente o pior de toda a viagem.Apesar de estar localizado na Praça não apresenta uma qualidade de aposentos digna do nome hotel.Para piorar a fotografia o pessoal é duma antipatia que só poderá ser justificada pela enorme afluência de turistas. Na realidade só aceitaram reserva para uma noite pois tinham o hotel reservado por diversos grupos que chegariam na manhã seguinte.

Enfim para esquecer, ou pelo menos para ser encarado como alternativa de recurso para quem não quer ficar alojado longe da mítica praça.
Depois de descarregarmos a tralhas da moto fomos jantar numa das barracas típicas da praça.
Estas barracas são montadas todos os dias ao final da tarde e desmontadas já a madrugada vai alta.

Depois dum jantar de degustação nada com rematar a coisa com um sumo de laranja.
A 3Dhm cada copo de sumo espremido na hora.
Três cêntimos de Euro por cada copo é vagamente remoto quando comparado com os 1,5€ a 2€ que nos cobram por cá.
Assim é dificil deixar de tomar vitamina C.

Depois de deambularmos um bom bocado pela praça achamos que o melhor seria subirmos ao terraço do Café-Restaurante Argana para daí podermos ter uma panorâmica para as fotos.
Já que aí estavamos porque não aproveitar para apreciar um gelado marroquino. Se depressa pensamos, mais rápidamente o encomendamos e comemos.
Definitivamente Marrocos não é bom para quem quer fazer regime...

1 comentário:

Carlos Almeida disse...

contas feitas, em Marrocos, o litro de sumo de laranja fica mais barato que o da gasolina...