sábado, 10 de maio de 2008

Passeio a Marrocos (1ª Parte)







Conforme estava previsto, de 19 de Abril a 2 de Maio fomos até Marrocos.

Como estarão lembrados o fim de semana de 19 e 20 brindou-nos com um tempo de autêntica Invernia.

A partida foi agendada para as sete da manhã sendo o ponto de encontro na Área de Serviço da Repsol de Gaia, na A1.

Escusado será dizer que para chegar lá pusemos à prova o nosso equipamento de chuva. E que prova. Nos poucos quilómetros que fizemos até lá tivemos que atravessar lençóis de água que chegavam aos cilindros da GS.

A viagem para Tarifa foi feita sob um autêntico dilúvio constante, que só abrandou quando chegamos a Alpalhão para almoçar.Depois de um almoço retemperador no Restaurante Regata, que vivamente recomendo, seguimos caminho sob um vento fortíssimo e sempre na companhia da chuva.

As condições de circulação eram tão difíceis que acabamos por ter de parar em Santa Ollala de la Calla e pernoitar.

Na manhã seguinte partimos rumo a Tarifa.Aí chegados encontramos o Phil e o Derek, dois Ingleses que se iriam juntar a nós em Maadid para o Meeting do Horizons Unlimited.

Depois das apresentações dirigimos-nos ao cais para comprar as passagens.

Mais um banho de água fria. Não havia barco por causa do estado do mar.

A ondulação era demasiado forte para os catamarã. Havia partido um pelas oito da manhã mas o Comandante comunicou a dizer que não poderiam fazer mais travessias enquanto as condições do mar assim se mantivessem.

Aguardamos duas horas para ver se as condições do mar se alteravam mas não.

Em conversa com um funcionário da fronteira ele sugeriu-nos que tentássemos atravessar em Algeciras já que os barcos maiores poderiam ter condições para atravessar o estreito.

Assim fizemos.

Eram cinco da tarde quando finalmente desembarcamos em Ceuta.Como estava muita gente no barco deixamos-nos ficar para o final para sair e enfrentar o circo da fronteira.De caminho aproveitamos para atestar o depósito.

Com gasolina a 86 cêntimos ponderamos seriamente em alugar um camião cisterna para nos acompanhar...

As formalidades na fronteira resolveram-se em meia hora e lá partimos rumo a Chefchauen.

O vento em Ceuta estava tão intenso que algumas vezes nos ia quase atirando mota fora.

Pelo caminho paramos para um Thé à la Mente.

Estávamos nós a meio quando o empregado nos veio alertar para a chegada de mais uns amigos.

Tratava-se do Radek e do Petr Hostalek, Checos, que também vinham para o meeting.

Seguimos juntos a partir daí.

Chegados a Chauen fomos directos ao Hotel Madrid pousar as tralhas e fomos jantar num dos vários restaurantes situados na zona antiga da cidade.

Como os meus acompanhantes nunca haviam visitado Marrocos antes fizeram então a sua primeira introdução à cozinha Marroquina.As incontornáveis Tagine, Couscous e Brochettes fizeram a sua entrada triunfal acompanhadas da famosa Salada Marroquina.

Durante o jantar o Petr apresntou-nos a sua viagem a solo ligando Praga a Pequim.Como apenas o Radek falava inglês, a apresentação fez-se entre garfadas e traduções do pobre Radek.

Para quem o viu o filme, parecia que estavamos a ver um remake do Lost in Translation.

A cada cinco minutos de relato do Petr seguiam-se dois minutos de tradução do pobre Radek qua nunca mais conseguia acabar a sua tagine.

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